14/02/2012

Equações Diferenciais de Variáveis Separáveis

Se
Temos a classe das equações diferenciais separáveis e pode ser resolvida separando as variáveis e integrando.

A solução desta equação e obtida fazendo a mudança de variáveis
de modo que
substituindo (2) em (1), obtemos a EDO de variáveis separáveis:
a qual pode ser resolvida por integração directa.


O video abaixo mostra de forma clara as equações de variáveis separáveis.








Equações Diferenciais Ordinarias

Uma equação diferencial ordinária (EDO) é uma equação da forma

envolvendo uma equação incógnita y=y(x) e as suas derivadas. x é a variável independente e y a variável dependente e o simbolo y^(n) denota a derivada de ordem n da função y=y(x).





Ordem e grau de uma equação diferencial

A ordem de uma equação diferencial é a ordem da mais alta derivada da função incógnita que ocorre na equação. Grau é o valor do expoente para a derivada mais alta da equação.

Exemplos:








O video abaixo explica de uma maneira simplificada as EDO




Campo de direcçõe
Em cada ponto (x,y) desenha-se um vector com declive igual a f(x,y). As soluções da equação diferencial serão as curvas tangentes a esses vectores em todos os pontos.
Por exemplo a equação

y'=y+x
produz o seguinte campo:







Teorema do Valor Médio

O teorema do valor médio ou teorema de lagrange afirma que se uma função é contínua num intervalo [a, b]derivável no intervalo ]a, b[ então existe um c pertencente a  ]a, b[ tal que 


Teorema do valor médio para integrais


Exemplo:





Integral Indefinido

Dada uma função f, o integral indefinido de f (ou primitiva de f), é uma função F cuja derivada é f.
Representamos o integral indefinido (ou primitiva) de f por:

O integral indefinido de uma função não é único. De facto, se F(x) é integral definido de f(x) então F(x)+c também o é.

Integral indefinido imediato 

Dizemos que uma função tem integral indefinido imediato se o podermos calcular imediatamente considerando apenas as derivadas de funções já conhecidas, ou aoós algumas manipulações algébricas simples.

Alguns exemplos:

Integral Indefinido por partes





Integração por factores parciais

Esta técnica é bastante utilizada na resolução de integrais do tipo
Também se pode representar o integral por
Exemplo:




Teorema fundamental do calculo

Seja f(x) uma função real de variável real definida num intervalo [a, b]. Se F(x) é a sua primitiva, então

Exemplo:




Integral Definida

Seja f(x) uma função real de variável real, definida num intervalo [a, b]. Chama-se partição P desse intervalo a qualquer decomposição de [a, b] em n sub intervalos da forma  ∆xi, tais que:



Chama-se soma de Reimann de f(x) em relação à partição P, a toda a expressão da forma

onde xi é um qualquer valor no intervalo ∆xi.

Chama-se Integral Definido de f(x) de a até b, e escreve-se
ao limite tal que

Nota: Se tal limite existe então dizemos que f(x) é integrável no intervalo  [a, b].


Propriedades do integral definido:










    Antiderivada de uma função

    Definição:
    Seja f uma função definida num intervalo I. Uma primitiva ou uma antiderivada de f em I é uma função F definida em I tal que
    para todo x pertencente a I

    Teorema:
    A primitiva de uma função, caso exista, não é única. Se F é uma primitiva de f em I, então
    também é uma primitiva de f em I para qualquer constante K pertencente a IR, e estas são todas as primitivas de f em I:



    Tabela simples de Antiderivadas:















                     

    13/02/2012

    Polinómio de Taylor

    O Teorema de Taylor estabelece que (sob certas condições) uma função pode ser aproximada (na proximidade de algum ponto dado) por um polinómio, de modo que o erro que se comete ao substituir a função pelo polinómio seja pequeno. 
    O polinómio de Taylor de grau n é dado por, numa vizinhança de x = a,




    Regra de L'hôpital

    A regra de l'hospital ou regra de Cauchy foi criada com o objectivo de calcular limites com indeterminações do tipo zero sobre zero ou infinito sobre infinito.
    Sejam f(x) e g(x) funções diferenciáveis com g'(x) ≠0,se:

    Então se existir,


    O video abaixo explica de forma mais concisa a regra de l'hospital:




    Primeira e segunda derivada

    Extremos e primeira derivada


    Podemos utilizar a primeira derivada de uma função para determinar se uma função é crescente ou decrescente num intervalo.
    Seja f uma função que admite primeira derivada num intervalo aberto I:

    • f'(x)>0,f é crescente em I
    • f'(x)<0,f é decrescente em I
    • f'(x)=0,f é constante em I
    Nos pontos onde a função passa de crescente para decrescente ou vice versa, a função tem um extremo relativo. Os extremos relativos de uma função, incluem os mínimos relativos e os máximos relativos da função.


    Se f tem um mínimo ou um máximo relativo em x=c, então ou f'(x)=0 ou f'(x)não esta definido.


    Concavidade e a segunda derivada

    Podemos utilizar a segunda derivada da função para determinar os intervalos em que as concavidades do gráfico estão voltadas para cima ou para baixo.
    Seja f uma função que admite segunda derivada num intervalo aberto I:

    • f''(x)>0,f tem concavidade voltada para cima em I
    • f'(x)<0,f tem concavidade voltada para baixo em I

    Para uma função f contínua, podemos calcular os intervalos em que f tem concavidade voltada para cima ou para baixo. (Para uma função descontínua, os intervalos de teste devem ser formados utilizando-se os pontos de descontinuidade juntamente com os pontos em que f’’ (x) é zero ou é não definida.












    Regra da Cadeia

    A Regra da Cadeia deve ser utilizada quando queremos calcular a derivada de uma função composta.



    Os vídeos abaixo explicam com melhor precisão esta mesma regra: 

    http://www.youtube.com/watch?v=IQitdam5vi8

    http://www.youtube.com/watch?v=nofMntSlk98

    Regras e propriedades de derivação

    Regras de derivação de alguns diferentes tipos de funções:


    Propriedades de derivação:

    Derivadas



    Definição de derivada:

    Se uma função f é definida num intervalo aberto contendo x0, então a derivada de f em x0 denotada por f'(x0), é dada por:

    Se o limite anterior:
    • Existir e for finito, diz-se que f é diferenciavel no ponto x=x0
    • Não existir ou for infinito, diz-se que a função não é diferenciavel  no ponto x=x0.

    A derivada num ponto f'(x0) é igual ao declive da recta tangente à função no ponto x0.

    Se f(x)=mx+b, então f'(x)=m



    Para que a derivada num ponto exista é necessário que as suas derivadas laterais sejam iguais:

    Derivadas Laterais:

    • Derivada á esquerda de um ponto x0

    • Derivada à direita de um ponto x0

    Os limites laterais utilizam-se sempre que a função estiver definida por ramos e se pretender calcular a derivada no ponto de viragem;

    Geometricamente a derivada lateral à esquerda (ou direita) é igual ao declive da recta semitangente à esquerda (ou direita) do ponto.

    Notas:
    • Uma função com derivada finita num ponto é contínua nesse ponto. Deste modo se uma função for descontínua num ponto então nunca terá derivada nesse mesmo ponto;
    • Uma função é diferenciável se tiver derivada em todos os pontos do seu domínio;
    • Se f é diferenciável em c, então f é contínua em c;
    • Se f é contínua em c, não é necessariamente diferenciável em c.













    Teorema do Confronto ou Teorema de Sandwich

    Sejam f,g e h três funções tais que f(x)≤g(x)≤h(x) para todo x≠a.

    Se
    Então

    Exemplo:


    A verde e a laranja temos as funções f(x) e g(x) não definidas em x=1, a rosa temos a função g(x) igualmente não definida em x=1.
    Sendo:







    Então qual é o valor de:



    Pelo teorema do confronto: